Forma e Tamanho de Partículas – IFA

A avaliação da forma das partículas é essencial para prever o comportamento do fluxo de pós e escolher os excipientes mais adequados para a formulação de produtos farmacêuticos. Partículas com formato acicular, semelhantes a agulhas, são notoriamente difíceis de trabalhar devido a problemas tecnológicos, como a aderência às paredes das matrizes durante a compressão. Por isso, é crucial verificar as partículas antecipadamente para propor alternativas na formulação e no processo de produção, minimizando impactos negativos.

Para um determinado tamanho de partícula, aquelas com formato esférico geralmente apresentam melhores propriedades de fluxo em comparação com partículas irregulares. Um método eficaz para produzir partículas esféricas é a secagem por atomização. Esse processo pode ser aplicado tanto a adjuvantes quanto a fármacos, que normalmente apresentam formas aciculares, permitindo a modificação de sua forma por secagem por atomização ou cristalização por ciclos de temperatura.

A textura superficial das partículas também desempenha um papel significativo na fluxibilidade de um pó. Partículas com superfícies muito ásperas tendem a ser mais coesivas e têm maior tendência a congestionamentos, ao contrário de partículas de superfície lisa. Métodos de produção controlados, como a cristalização, podem modificar tanto a forma quanto a textura das partículas.

Após avaliar os aspectos morfológicos de uma amostra, observou-se que as partículas apresentavam uma forma mais prismática e tamanhos semelhantes entre si. Dada essa constatação, recomenda-se a seleção de excipientes que proporcionem densidade e fluxo suficientes para a manipulação do produto por via seca.

A compreensão e o controle da morfologia e textura das partículas são, portanto, fundamentais para garantir a eficiência e a qualidade na produção farmacêutica, proporcionando uma base sólida para o desenvolvimento de formulações eficazes e estáveis.