Excipientes na Compressão Direta de Comprimidos: Funções e Importância
A compressão direta é uma das técnicas mais utilizadas na fabricação de comprimidos, pois elimina etapas como umidificação e granulação, tornando o processo mais rápido e econômico. Para garantir um comprimido de qualidade, é fundamental escolher corretamente os excipientes, que desempenham funções essenciais na formulação. A seguir, conheça os principais excipientes utilizados nesse processo e […]

A compressão direta é uma das técnicas mais utilizadas na fabricação de comprimidos, pois elimina etapas como umidificação e granulação, tornando o processo mais rápido e econômico. Para garantir um comprimido de qualidade, é fundamental escolher corretamente os excipientes, que desempenham funções essenciais na formulação. A seguir, conheça os principais excipientes utilizados nesse processo e suas respectivas funções.
1. Diluentes
Função: Aumentam o volume do comprimido, sendo essenciais para formulações com baixa quantidade de princípio ativo.
Exemplos:
- Lactose monoidratada
- Celulose microcristalina (MCC)
Características Farmacotécnicas:
- A lactose monoidratada possui excelente compressibilidade e solubilidade.
- A celulose microcristalina melhora a fluidez e aumenta a dureza do comprimido.
2. Agentes de Desintegração
Função: Facilitam a quebra do comprimido em partículas menores, garantindo a absorção do princípio ativo.
Exemplos:
- Amido de milho pré-gelatinizado
- Croscarmelose sódica
Características Farmacotécnicas:
- A croscarmelose sódica absorve água rapidamente e promove a desintegração eficaz.
- O amido pré-gelatinizado facilita a absorção de água e forma uma rede de gel que melhora a desintegração.
3. Lubrificantes
Função: Melhoram a fluidez do pó e reduzem o atrito durante a compressão, evitando que o comprimido grude na matriz da prensa.
Exemplos:
- Estearato de magnésio
- Estearato de cálcio
- Ácido esteárico
Características Farmacotécnicas:
- O estearato de magnésio é um dos lubrificantes mais comuns, mas deve ser usado com cautela, pois quantidades excessivas podem prejudicar a desintegração.
- O ácido esteárico também é eficiente e melhora a qualidade do comprimido.
4. Agentes de Fluidos ou Antiaglutinantes
Função: Melhoram a fluidez do pó e evitam a formação de aglomerados, garantindo uma compressão uniforme.
Exemplos:
- Sílica coloidal anidra
- Talco
Características Farmacotécnicas:
- A sílica coloidal reduz a umidade e evita a aglomeração de partículas.
- O talco é um antiaglutinante eficaz, mas deve ser usado com moderação para não afetar a desintegração.
5. Corantes
Função: Melhoram a aparência e facilitam a identificação do comprimido.
Exemplos:
- Dióxido de titânio
- Corantes artificiais e naturais
Características Farmacotécnicas:
- O dióxido de titânio é amplamente usado para conferir coloração branca e opacidade ao comprimido.
- Os corantes naturais são uma opção mais saudável para produtos orgânicos.
6. Aglutinantes ou Ligantes
Função: Garantem a coesão das partículas, proporcionando um comprimido com boa resistência mecânica.
Exemplos:
- Povidona (PVP)
- Hidroxipropilmetilcelulose (HPMC)
Características Farmacotécnicas:
- A povidona (PVP) é um aglutinante solúvel em água, promovendo boa adesão das partículas.
- A HPMC é usada para formulações de liberação modificada.
7. Estabilizantes
Função: Protegem o princípio ativo contra umidade, luz e oxidação, aumentando a estabilidade do medicamento.
Exemplos:
- Ácido ascórbico
- BHT (Butylated HydroxyToluene)
Características Farmacotécnicas:
- O ácido ascórbico é um antioxidante eficaz para proteger princípios ativos sensíveis ao oxigênio.
- O BHT é utilizado para evitar a degradação de substâncias sensíveis à oxidação.
Conclusão
A escolha dos excipientes e a sua proporção na formulação impactam diretamente na qualidade, estabilidade e biodisponibilidade do comprimido. Os excipientes devem ter:
- Compressibilidade, para formar comprimidos fortes e coesos.
- Fluidez, para facilitar a compressão e evitar problemas de segregação.
- Desintegração adequada, para garantir a dissolução correta do princípio ativo.
A formulação ideal depende do princípio ativo e do objetivo terapêutico do medicamento. Caso tenha dúvidas sobre a combinação de excipientes, consulte um especialista para obter a melhor solução farmacêutica!
Se quiser saber mais sobre cada excipiente e suas aplicações, acompanhe nosso blog e fique por dentro das novidades da tecnologia farmacêutica!