27 de fevereiro de 2025

Excipientes na Compressão Direta de Comprimidos: Funções e Importância

A compressão direta é uma das técnicas mais utilizadas na fabricação de comprimidos, pois elimina etapas como umidificação e granulação, tornando o processo mais rápido e econômico. Para garantir um comprimido de qualidade, é fundamental escolher corretamente os excipientes, que desempenham funções essenciais na formulação. A seguir, conheça os principais excipientes utilizados nesse processo e […]

 
 

A compressão direta é uma das técnicas mais utilizadas na fabricação de comprimidos, pois elimina etapas como umidificação e granulação, tornando o processo mais rápido e econômico. Para garantir um comprimido de qualidade, é fundamental escolher corretamente os excipientes, que desempenham funções essenciais na formulação. A seguir, conheça os principais excipientes utilizados nesse processo e suas respectivas funções.

1. Diluentes

Função: Aumentam o volume do comprimido, sendo essenciais para formulações com baixa quantidade de princípio ativo.

Exemplos:

  • Lactose monoidratada
  • Celulose microcristalina (MCC)

Características Farmacotécnicas:

  • A lactose monoidratada possui excelente compressibilidade e solubilidade.
  • A celulose microcristalina melhora a fluidez e aumenta a dureza do comprimido.

2. Agentes de Desintegração

Função: Facilitam a quebra do comprimido em partículas menores, garantindo a absorção do princípio ativo.

Exemplos:

  • Amido de milho pré-gelatinizado
  • Croscarmelose sódica

Características Farmacotécnicas:

  • A croscarmelose sódica absorve água rapidamente e promove a desintegração eficaz.
  • O amido pré-gelatinizado facilita a absorção de água e forma uma rede de gel que melhora a desintegração.

3. Lubrificantes

Função: Melhoram a fluidez do pó e reduzem o atrito durante a compressão, evitando que o comprimido grude na matriz da prensa.

Exemplos:

  • Estearato de magnésio
  • Estearato de cálcio
  • Ácido esteárico

Características Farmacotécnicas:

  • O estearato de magnésio é um dos lubrificantes mais comuns, mas deve ser usado com cautela, pois quantidades excessivas podem prejudicar a desintegração.
  • O ácido esteárico também é eficiente e melhora a qualidade do comprimido.

4. Agentes de Fluidos ou Antiaglutinantes

Função: Melhoram a fluidez do pó e evitam a formação de aglomerados, garantindo uma compressão uniforme.

Exemplos:

  • Sílica coloidal anidra
  • Talco

Características Farmacotécnicas:

  • A sílica coloidal reduz a umidade e evita a aglomeração de partículas.
  • O talco é um antiaglutinante eficaz, mas deve ser usado com moderação para não afetar a desintegração.

5. Corantes

Função: Melhoram a aparência e facilitam a identificação do comprimido.

Exemplos:

  • Dióxido de titânio
  • Corantes artificiais e naturais

Características Farmacotécnicas:

  • O dióxido de titânio é amplamente usado para conferir coloração branca e opacidade ao comprimido.
  • Os corantes naturais são uma opção mais saudável para produtos orgânicos.

6. Aglutinantes ou Ligantes

Função: Garantem a coesão das partículas, proporcionando um comprimido com boa resistência mecânica.

Exemplos:

  • Povidona (PVP)
  • Hidroxipropilmetilcelulose (HPMC)

Características Farmacotécnicas:

  • A povidona (PVP) é um aglutinante solúvel em água, promovendo boa adesão das partículas.
  • A HPMC é usada para formulações de liberação modificada.

7. Estabilizantes

Função: Protegem o princípio ativo contra umidade, luz e oxidação, aumentando a estabilidade do medicamento.

Exemplos:

  • Ácido ascórbico
  • BHT (Butylated HydroxyToluene)

Características Farmacotécnicas:

  • O ácido ascórbico é um antioxidante eficaz para proteger princípios ativos sensíveis ao oxigênio.
  • O BHT é utilizado para evitar a degradação de substâncias sensíveis à oxidação.

Conclusão

A escolha dos excipientes e a sua proporção na formulação impactam diretamente na qualidade, estabilidade e biodisponibilidade do comprimido. Os excipientes devem ter:

  • Compressibilidade, para formar comprimidos fortes e coesos.
  • Fluidez, para facilitar a compressão e evitar problemas de segregação.
  • Desintegração adequada, para garantir a dissolução correta do princípio ativo.

A formulação ideal depende do princípio ativo e do objetivo terapêutico do medicamento. Caso tenha dúvidas sobre a combinação de excipientes, consulte um especialista para obter a melhor solução farmacêutica!

Se quiser saber mais sobre cada excipiente e suas aplicações, acompanhe nosso blog e fique por dentro das novidades da tecnologia farmacêutica!