11 de março de 2025

Atividade de Água: O Que Você Precisa Saber para Garantir a Estabilidade da Sua Formulação

A umidade sempre foi vista como um fator crítico na estabilidade de produtos farmacêuticos e alimentícios. Seu impacto vai além da contaminação microbiológica — ela pode alterar completamente as características físico-químicas de uma formulação. Imagine um pó farmacêutico que, com o passar do tempo, se torna coeso e perde fluidez ou uma substância amorfa que […]

 
 

A umidade sempre foi vista como um fator crítico na estabilidade de produtos farmacêuticos e alimentícios. Seu impacto vai além da contaminação microbiológica — ela pode alterar completamente as características físico-químicas de uma formulação.

Imagine um pó farmacêutico que, com o passar do tempo, se torna coeso e perde fluidez ou uma substância amorfa que cristaliza e compromete sua performance. Pequenas variações na umidade podem gerar grandes problemas na produção e na vida útil do produto.

A presença de água em um produto não significa, necessariamente, que ela está disponível para reações químicas ou para o crescimento de microrganismos. Muitos profissionais focam apenas na umidade absoluta do produto, sem considerar um parâmetro essencial: a atividade de água (Aw).

A atividade de água indica a quantidade de moléculas de água livres no sistema e determina se os microrganismos podem ou não se proliferar. Produtos com baixa atividade de água, mesmo contendo uma quantidade significativa de umidade, podem ser microbiologicamente estáveis. No entanto, se a atividade de água não for controlada, podem ocorrer:

  • Alterações físico-químicas – Cristalização de materiais amorfos, aumento da coesão e problemas na escoabilidade.
  • Degradação química – Reações indesejadas que comprometem a eficácia do produto.
  • Crescimento microbiano – Formação de patógenos que tornam o produto impróprio para consumo.

Sem o controle adequado da atividade de água, um produto pode se tornar inviável antes mesmo de chegar ao mercado. Problemas como redução da estabilidade, retrabalho, perdas financeiras e não conformidades regulatórias são consequências diretas desse descuido.

Imagine desenvolver um medicamento em forma de pó para reconstituição e, após a produção, perceber que ele formou grumos devido ao ganho de umidade. Ou um suplemento alimentar que endurece na embalagem, dificultando o consumo. Isso pode resultar em recall, insatisfação do consumidor e prejuízos operacionais.

Para evitar esses problemas, é fundamental considerar a atividade de água desde a pré-formulação. Algumas estratégias para otimizar a estabilidade incluem:

  • Escolha da forma farmacêutica adequada – Determinar se a formulação deve ser sólida, líquida, gel ou outra forma que minimize os riscos da umidade.
  • Ajuste na composição – Uso de excipientes higroscópicos ou barreiras contra umidade.
  • Seleção da embalagem correta – Barreiras eficientes contra a penetração de umidade.
  • Definição das condições ideais de armazenamento – Controle de temperatura e umidade para evitar degradação.

Nós, da PD&I, temos expertise para ajudar sua empresa a desenvolver produtos seguros e estáveis, do desenvolvimento à comercialização. Entre em contato e descubra como podemos otimizar suas formulações!

Elaborado por Anna Claudia Naves!